PCP solidário com as lutas dos povos

Os diferentes caminhos <br>da emancipação social

Carlos Lopes Pereira

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De Cuba e da Colômbia, da Palestina e do Líbano, da Rússia, da África do Sul, do Brasil e da Índia vieram dirigentes de partidos comunistas e de outras organizações revolucionárias. Estiveram na Festa do Avante! 46 delegações estrangeiras convidadas, trouxeram a experiência dos seus combates, receberam a garantia da continuação da solidariedade internacionalista do Partido Comunista Português. Participaram com os comunistas portugueses em debates centrados na situação na América Latina, nas lutas dos povos árabes, na crise do capitalismo. Convergiram na ideia de que, nestes tempos difíceis de resistência à dominação imperialista, as vias de libertação nacional e social dos povos e os caminhos que trilham rumo ao socialismo são diferenciados. E defenderam que a transformação revolucionária do Mundo, hoje mais do que nunca, é não só necessária como possível.

Três debates sobre as lutas dos trabalhadores e dos povos no mundo realizaram-se neste fim-de-semana no Espaço Internacional da Festa do Avante!. Foram oradores dirigentes de partidos convidados do PCP, tendo assistido centenas de pessoas.

No Palco Solidariedade, o primeiro debate – «América Latina: progresso, revolução e reacção imperialista» –, foi moderado por Luís Carapinha (PCP) e intervieram Carlos Lozano, do PC da Colômbia e director do semanário Voz, Angel Custódio Reis, do PC de Cuba, e António Filipe, dirigente e deputado do PCP.

Gerou-se consenso em torno da ideia de que hoje a América Latina, na luta contra a dominação imperialista, é cenário de importantes avanços pela democracia e emancipação social. Há processos diferenciados, com aspectos contraditórios, mas vive-se um momento histórico em que a região se tornou um dos elos mais fracos do jugo imperial – como o comprovam a Cuba socialista, a Venezuela bolivariana, a Bolívia, o Equador, a Nicarágua, as novas organizações económicas regionais livres da tutela de Washington. É claro que o imperialismo, mesmo perdendo terreno, não renuncia a agressões e manobras para reverter a situação, disso sendo exemplos recentes os golpes de estado nas Honduras e no Paraguai.

Carlos Lozano falou da situação no seu país, onde o governo de Bogotá foi forçado a aceitar um diálogo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército Popular (FARC-EP), tendo em vista a construção de uma paz estável e duradoura. O dirigente comunista defendeu que devem participar no processo não só a guerrilha mas o movimento popular e sectores democráticos, já que a unidade da esquerda é um factor decisivo para derrotar a oligarquia colombiana.

Dos comunistas cubanos chegaram igualmente apelos à unidade dos povos sul-americanos e caribenhos na luta contra o imperialismo e as burguesias nacionais suas aliadas. Angel Reis denunciou o agravamento do bloqueio durante o mandato de Obama («as empresas que fazem comércio com Cuba são perseguidas nos Estados Unidos»), pediu apoio ao processo cubano de actualização do desenvolvimento económico e exortou os revolucionários e outros democratas a apoiar a Venezuela bolivariana e o seu líder, Hugo Chavez, envolvido na campanha presidencial («o 7 de Outubro não é uma eleição – é a defesa de uma revolução»). Garantiu que Cuba não falhará perante os povos da América Latina e de todo o mundo.

Falando pelo PCP, António Filipe – que é vice-presidente da Assembleia da República e encabeça o grupo parlamentar de amizade com Cuba – apontou a revolução cubana como exemplo, enalteceu a solidariedade de sempre dos comunistas portugueses com os revolucionários latino-americanos e apontou as transformações progressistas na América Latina como uma inspiração para a luta dos trabalhadores e do povo em Portugal contra as políticas neoliberais impostas pelo capitalismo em crise.

No decorrer deste debate houve também oportunidade para Vítor Saavedra, do PC peruano, dar conta dos resultados do 2.º Encontro da Secretaria Europeia do Fórum de S. Paulo, reunido no dia 7 em Almada. Este Fórum é um espaço de convergência e unidade formado em 1990 por organizações de esquerda sul-americanas e caribenhas. A declaração aprovada sublinha a importância de os trabalhadores imigrantes participarem no movimento sindical de classe nos países europeus.

«Uma gigantesca Palestina»

Com moderação de Jorge Cadima (PCP), «As lutas e os desafios dos povos árabes» foi o outro tema debatido no sábado, tendo sido oradores Marie Nassif-Debs, vice-secretária-geral do PC libanês, Fayez Badawi, da Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP, a segunda maior formação da OLP), e Silas Cerqueira, veterano activista do movimento pela paz.

Foram consensuais várias questões – o imperialismo, na nova correlação de forças mundiais, procura recolonizar os povos árabes e africanos, fazendo andar para trás a roda da História; há uma continuada intervenção imperialista no mundo árabe («o Médio Oriente está a transformar-se numa gigantesca Palestina», resumiu Jorge Cadima), quer directamente pelos Estados Unidos, quer através da NATO ou por intermédio de Israel, desde a Palestina ocupada ao Iraque, desde a Líbia, a Somália e o Sudão à Síria; Síria que é vítima da ingerência dos Estados Unidos, da Grã-Bretanha e da França, que apoiam com armas, logística e propaganda um exército de mercenários pago pela Arábia Saudita e Qatar e que utiliza o território da Turquia.

Marie Nassif-Debs explicou como os levantamentos populares na Tunísia e no Egipto foram rapidamente aproveitados pelos Irmãos Muçulmanos para chegarem ao poder («as burguesias laicas ou religiosas tunisina e egípcia não aceitaram perder privilégios»); lembrou as agressões militares israelitas contra o Líbano; falou do papel dos comunistas libaneses na resistência política e armada; defendeu que «é necessário que a esquerda árabe se junte numa frente unida». E deu uma novidade: 24 partidos de uma dezena de países árabes reúnem-se em Beirute, trabalhando para acções comuns («agir quando necessário pode encurtar o caminho»).

Também Fayez Badawi, da FPLP, trouxe os seus pontos e vista sobre as lutas na região: o imperialismo, utilizando a maquinaria de guerra da NATO e de Israel, os mecanismos económicos do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional e a parafernália de propaganda (incluindo a Al Jazeera e a Al Arabiya), «quer escravizar os trabalhadores e os povos»; o regime de Damasco cometeu erros, mas só o povo sírio pode decidir o futuro do país; os media dominantes caluniam a Síria mas silenciam o que se passa no Bahrein, ocupado por tropas sauditas e acolhendo o comando da 5.ª Esquadra norte-americana. Sobre a sua pátria ocupada, o dirigente palestino foi taxativo: «Nunca vamos reconhecer o Estado de Israel, queremos um Estado na Palestina histórica».  

No final do debate, foi lida uma mensagem do Partido Argelino para a Democracia e o Socialismo, a organização dos comunistas da Argélia, que não enviou delegação à Festa do Avante! mas quis estar presente com as suas posições, entre as quais o apoio à autodeterminação do povo do Sahara Ocidental e críticas ao governo de Argel pela sua passividade perante as agressões imperialistas contra a Líbia e outros países.

Lutar pelo socialismo

No domingo, o debate sobre «A crise do capitalismo, a luta e a soberania dos povos» foi moderado por Albano Nunes (PCP) e juntou Boris Komotsky, editor do Pravda e dirigente do PC da Federação Russa; Arum Kumar, do PC da Índia (Marxista); Chris Matlhako, do PC sul-africano; Ricardo Alemão, do PC do Brasil; e Ilda Figueiredo, do PCP e presidente do Conselho Português para a Paz e Cooperação.

De igual modo os oradores contribuíram com as suas análises e opiniões: «É indispensável desenvolver a unidade dos trabalhadores e das massas populares para defender os direitos conquistados e avançar, na África do Sul e em toda a África» (Chris Matlhako); «A crise do declínio do capitalismo, uma crise estrutural e sistémica, no centro e na periferia do sistema, não implica o fim do capitalismo e da hegemonia dos EUA e provoca uma nova corrida imperialista no mundo» (Ricardo Alemão); «O imperialismo utiliza meios políticos, económicos e militares para dominar os países em desenvolvimento, pondo em causa a sua independência. (...) O capitalismo nunca cairá por si só. Não existe outro caminho que não seja mobilizar o povo para a luta. Temos a responsabilidade histórica de continuar a lutar rumo ao socialismo» (Arum Kumar); «Os partidos comunistas não são partidos de natureza parlamentar e sua acção orienta-se antes de mais para a luta de massas contra o capitalismo. (...) É do lado dos comunistas que está o futuro e esse futuro é o socialismo» (Boris Komotsky). 

Por seu turno, Ilda Figueiredo ressaltou que com a crise do capitalismo a agressividade do imperialismo aumentou, sendo disso exemplos a guerra da NATO na Líbia, a ingerência na Síria ou as ameaças ao Irão. Para a presidente do CPPC, há, apesar de tudo, mudanças positivas – a resistência de Cuba contra o bloqueio imposto há mais de meio século pelos EUA, a emergência de outros regimes progressistas na América Latina, os combates dos trabalhadores e povos na Europa ou em África. Ilda recordou dois momentos significativos da resistência dos povos contra a dominação imperialista – a recente cimeira do Movimento dos Não-Alinhados, em Teerão, e a Assembleia Mundial da Paz, em Julho, em Katmandu, com a participação de 50 países e sob o lema «Fortalecer a luta dos povos pela paz, contra as guerras imperialistas, pela solidariedade e a luta contra a opressão».

Coube a Albano Nunes encerrar os debates no Espaço Internacional da Festa do Avante!. O dirigente comunista evocou o 25 de Abril, início de uma revolução democrática e nacional «profundamente original», para expressar a convicção de que hoje, na resistência ao imperialismo, «grandes perigos coexistem com grandes possibilidades de transformação revolucionária» e de que «as vias de libertação nacional e social são diversificadas», cabendo a cada povo «chegar ao socialismo pelos seus caminhos, sem modelos, sem receitas, sem soluções saídas de manuais».

Albano Nunes assegurou que, no quadro da solidariedade internacionalista, o combate dos comunistas em Portugal é um contributo para as lutas que se travam em todo o mundo pela superação do capitalismo, rumo a uma sociedade sem exploração, a única capaz de resolver os problemas dos trabalhadores e dos povos.



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